sábado, 4 de agosto de 2012

Para uma cultura da profunda idade

Ou da profundidade.
Partamos do mais baixo, o tapete.
Sacudamo-lo para que se liberte do pó que por debaixo lhe escondem.
Liberta-se o tapete do pó e sacode-se à janela a poeira.
Já está mais perto de ser um tapete voador. Basta uma mais forte aragem.
Mas lá está o estore, o guarda da saída que não lhe permite altos voos.
Conforma-se o tapete à entrada ou à saída.
Sonha-se voador, como nas estampas das histórias da infância. Também teve infância, o tapete.
Como a vassoura, quando voava sob bruxas.
É curioso este padrão do imaginário de culturas aparentemente opostas, como são a ocidental e a oriental, para pôr a voar os que no chão têm o destino ou a vocação. Vassoura e tapete.
Voadores exímios.
Quando no chão, varre a vassoura o tapete e às vezes para debaixo dele. Porque os objetos são comandados pelas mãos.
Afundo-me então nas mãos. Olho o tapete à janela e imagino mãos pequenas, magras, franzinas, talvez sujas, operando nos fios. Homens, mulheres, crianças, agachados sobre um chão sem tapetes tecem o tapete que agora sonha voar, talvez pela memória dos pequenos artesãos tecendo e sonhando com tapetes voadores.
Que longe estamos desta realidade? A exploração de uns pelos outros é coisa de países subdesenvolvidos? Que memória fraca temos! Que olhar de superfície adotámos!
Aprofundemos o olhar no chão, para lá do tapete, mais fundo, muito mais fundo, e ver-nos-emos.

1 comentário:

Energia Matriz Divina disse...

OLHAR COM PROFUNDIDADE

Em 1578, há 434 anos, deu-se no dia de hoje, 4 de Agosto, o desastre bélico de Alcacér -Quibir. Nele desapareceu o Rei D. Sebastião, estando hoje ainda por descobrir, as verdadeiras circunstâncias da sua morte. Estávamos no final da dinastia de Aviz, da qual ele foi o último Rei.
Três Ordens, a de Cristo, a de Santiago e a da Aviz, tentavam influenciar o Rei, no prosseguimento da expansão do Reino. Contrariamente, ao que lhe vinha da sua herança genética, da Ordem de Avis , pois descendia de D. João I, Mestre de Aviz, filho bastardo do Rei D. Pedro I, D. Sebastião deixou-se influenciar prioritariamente pela Ordens de Cristo e de Santiago
Estas Ordens, de natureza mais bélica, conseguiram tornar displicente a influência da Ordem de Aviz. Não perceberam, que após o assassinato de Inês de Castro, o destino quis, que quem conduzisse o trono como 1º Rei da segunda dinastia fosse, D. João I, após D. Fernando filho legitimo de D. Pedro I. A ordem de Aviz, era de membros relegiosos mas que a partir de 1402, obtiveram ordem papal, para celebrarem o casamento. Tiveram pois os seus membros, possiblidades de prosseguirem na vida de um modo mais harmonioso, criativo, e com mais facilidade em transmitir valores e conhecimento aos seus descendentes. O cronógrafo dos descobrimentos Portugueses que preparou o tratado de Tordesilhas, foi Duarte Pacheco Pereira, e de linhagem de Aviz.
Por outro lado, o Rei D. Sebastião e quem o influenciou, esqueceram-se da mensagem de 1463, Quando Nossa Senhora, aparecida no norte de África, liberta um cativo português, e lhe diz que Cristo quer que lhe chamem Senhora da Luz, pois é o nome que lhe convêm.
È que de facto no mundo islâmico existe LUZ, e Nossa Senhora quis-nos transmitir esse conhecimento. Terá sido este, uma das primeiras manifestações da UNIDADE entre religiões.
Desfaça-se o nevoeiro, que nos está prometido desde o desaparecimento de D. Sebastião e faça-se a LUZ aqui e no mundo, a partir de PORTUGAL. Quiçá seja essa a MENSAGEM do destino de S. Sebastião….No mundo islâmico há LUZ, embora com outra cultura! O que lhe está a fazer, a cultura ocidental, nomeadamente no norte de África? Estamos a ser todos cúmplices!