segunda-feira, 28 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
"Não podemos amar Deus e ser indiferentes às criaturas que sofrem"
“As tradições religiosas cristãs sustentam que Jesus teve tanto atributos divinos como humanos. No vernáculo comum (sexista), Jesus foi não só Deus mas também homem (humano). Ser humano é ser animal, mamífero, primata. […]
O Evangelho, tal como exemplificado em Jesus Cristo, trata do serviço aos doentes, pobres, desfavorecidos, encarcerados e a todos os outros que são considerados como os mais inferiores de todos, e não menos a todo o mundo de criaturas não-humanas sofredoras… Não podemos amar Deus e ser indiferentes às criaturas que sofrem (Linzey, Animal Gospel, 94)”
- Lisa Kemmerer, Animals and World Religions, Oxford University Press, 2012, pp.208 e 210.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
As minhas sardas
Fiquei a pensar como seria a tarefa de contar as minhas sardas...
Quando era criança, morei num bairro de pescadores, em Fortaleza, onde os miúdos traziam na boca histórias fantásticas. O Vavá tinha a cabeça achatada e explicava que era assim porque a mãe quando grávida tinha caido no chão bem em cima da barriga. Recordo o meu espanto com tal explicação. Se ela tivesse caído de lado, como seria o perfil?
Um dia o Pirrita aconselhou-me a lavar a cara com o meu xixi para limpar a cara.
A verdade é que sempre tive complexos por ser sardenta.
Na adolescência colocava base e as sardas viam-se por baixo - teimosos sinais castanhos que não me largavam.
Para as ruivas, o cabelo é da cor da cenoura e faz todo sentido serem sardentas. Eu que sempre tive o cabelo castanho, passava por uma falsa sardenta. Com os anos fui aprendendo a gostar destesn pequenos sinais.
No rosto são mais de cem, no corpo outras tantas que invento e não encontro.
Umas cresceram como se fossem sementes de uma nova gente.
Outras apagaram-se tão cansadas estavam da vida acontecida.
Acordam na minha pele todas as manhãs.
Vivem comigo desde criança.
Namoram, casam-se e inventam filhos.
Nunca as vi morrer.
Talvez na hora do juízo final.
Quando era criança, morei num bairro de pescadores, em Fortaleza, onde os miúdos traziam na boca histórias fantásticas. O Vavá tinha a cabeça achatada e explicava que era assim porque a mãe quando grávida tinha caido no chão bem em cima da barriga. Recordo o meu espanto com tal explicação. Se ela tivesse caído de lado, como seria o perfil?
Um dia o Pirrita aconselhou-me a lavar a cara com o meu xixi para limpar a cara.
A verdade é que sempre tive complexos por ser sardenta.
Na adolescência colocava base e as sardas viam-se por baixo - teimosos sinais castanhos que não me largavam.
Para as ruivas, o cabelo é da cor da cenoura e faz todo sentido serem sardentas. Eu que sempre tive o cabelo castanho, passava por uma falsa sardenta. Com os anos fui aprendendo a gostar destesn pequenos sinais.
No rosto são mais de cem, no corpo outras tantas que invento e não encontro.
Umas cresceram como se fossem sementes de uma nova gente.
Outras apagaram-se tão cansadas estavam da vida acontecida.
Acordam na minha pele todas as manhãs.
Vivem comigo desde criança.
Namoram, casam-se e inventam filhos.
Nunca as vi morrer.
Talvez na hora do juízo final.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
SENTAR E CAMINHAR EM PAZ E SILÊNCIO POR UM MUNDO NOVO - 20 DE MAIO - 15h
Vivemos um ponto de mutação civilizacional. Participamos na extrema crise de uma civilização ignorante, insensível e violenta, pela qual somos todos responsáveis. Uma civilização filha do desconhecimento da lei fundamental da vida, a interconexão entre todos os seres, uma civilização escrava do medo, da ganância e do ódio, dominada por pensamentos, emoções e desejos doentios que se traduzem num crescente mal-estar mental, existencial e social, numa galopante opressão económica e financeira, numa democracia de fachada, dominada pelos grandes grupos económicos e pela finança internacional, na devastação do planeta, da biodiversidade e dos recursos naturais, na violência contra os homens, os animais e a Terra. Somos todos autores e vítimas de uma civilização alienada pela produção e pelo consumo, por ritmos de trabalho desumanos, pela falta de tempo para estar com os outros e apreciar a beleza do mundo, pelo sacrifício do crescimento interior e da expansão da consciência e da amizade em troca da busca ávida de riqueza, poder, fama e prazeres fugazes e fúteis. Tudo distracções impotentes para encobrir um profundo mal-estar e que nos deixam cada vez mais frustrados e insatisfeitos.
Um outro mundo é todavia possível, já antecipado por todos aqueles que, em Portugal e em todo o planeta, buscam e praticam um novo paradigma mental, ético e civilizacional e uma alternativa global, em todas as esferas, espiritual, cultural, terapêutica, pedagógica, ecológica, social, económica e política. Um outro mundo que se enraíza nas nossas mais profundas aspirações e onde florescem as melhores potencialidades do ser humano, a nossa natural vocação para a liberdade, a compreensão e o amor fraterno extensivo a todos os seres e a toda a Terra. Um mundo fruto do melhor que temos para dar, sem esperar nada em troca, sem acções nem reacções violentas, que apenas reproduzem o actual sistema e estado de coisas.
É para nos conhecermos e dar público testemunho desse mundo que nos vamos sentar todos em paz e silêncio durante uma hora no Domingo, 20 de Maio, em várias cidades e localidades do país e onde quer que estejamos. Às 16h seguiremos, numa lenta marcha pacífica e silenciosa, para vários locais, onde realizaremos uma assembleia para partilhar experiências e ideias sobre os rumos futuros da nossa intervenção cívica.
Este evento está aberto a todos os indivíduos, associações, movimentos e entidades que se reconheçam no seu espírito não-violento e que se comprometam a respeitar o silêncio até à partilha final. Aceitamos todos os apoios que respeitem estas condições. No evento não deverão estar presentes bandeiras, cartazes ou outros símbolos partidários.
Este evento é de todos os que nele se reconhecerem e não é contra nada nem ninguém. Só uma postura afirmativa e não reactiva, sem medo nem ódio, pode mudar o mundo. O sentar e marchar em paz e silêncio são a expressão de uma nova aliança entre os homens, os animais e a Terra. Vamos sentir e mostrar a força da nossa presença pacífica e silenciosa. Vamos deixar que em nós se manifeste um Mundo Novo.
Vem, traz amigos e partilha o mais possível.
CONTACTOS E LOCAIS POR CIDADE
LISBOA
Local de encontro: Rossio
Destino da Caminhada: Terreiro do Paço
https://www.facebook.com/events/222395511201859
Paulo Borges - pauloaeborges@gmail.com ( 918113021 )
Sofia Costa – asofcosta@sapo.pt ( 917769093 )
PORTO
Local de encontro: Praça Gomes Teixeira (Praça dos Leões)
Destino da Caminhada: Praça da Liberdade
https://www.facebook.com/events/264784013615239
Alexandra Araújo - xanaaraujo@sapo.pt ( 939611744 )
Vítor Bertocchini - bertoquini@gmail.com
Carla Rocha - carlajrocha@hotmail.com
COIMBRA
Local de encontro: Parque Verde do Mondego
Destino da Caminhada: Praça 8 de Maio
https://www.facebook.com/events/335619686499666
Maurício Pereira - mauriciocgpereira@gmail.com
Francisco Guerreiro - jorgekguerreiro@gmail.com
LEIRIA
Local de encontro: Praça Rodrigues Lobo
Destino da Caminhada: Jardim de Santo Agostinho
https://www.facebook.com/events/303668206373769
Micael Inês - micaelines@gmail.com ( 965884416 )
Fernando Emídio - fernandoemidio@gmail.com ( 962683097 )
Patrícia Pereira - patricia.afp@gmail.com ( 962807817 )
SESIMBRA
Local de encontro: Praia da Califórnia
Destino da Caminhada: Avenida dos Náufragos
https://www.facebook.com/events/426407467375608
Tsomo santos & Gonçalo Oliveira - youzen.therapies@mail.com (93678397)
STA. MARIA DA FEIRA
Local de encontro: Castelo de Sta. Maria da Feira
Caminhada pela cidade, regressando ao Castelo.
http://www.facebook.com/events/246548715444314
sentarecaminharempazfeira@gmail.com
Luís Oliveira ( 965285844 )
Ana Louro ( 966588899 )
Andrea Domingos ( 913313799 )
José Porfírio ( 916329151 )
BRAGA
Local de encontro: A definir
Destino da Caminhada: Sé de Braga
https://www.facebook.com/events/296946723719275
Gabriela Cunha - gabrielacunha@gmail.com
Ana Devesa - devesaana@gmail.com
FUNCHAL
Local de encontro: Praça do Município do Funchal
Destino da Caminhada: Parque de Sta. Catarina
https://www.facebook.com/events/136485646476097
Tânia Almeida ( 913386788 )
Carla Brás ( 927089603 )
ÉVORA
Local de encontro: Praça do Giraldo
Destino da Caminhada: Praça Joaquim António de Aguiar
https://www.facebook.com/events/363806753667646
José Cortes - jomacoam@gmail.com ( 967336834 )
BEJA
Local de encontro: Praça da República
Destino da caminhada: Parque da Cidade
https://www.facebook.com/events/334261966639626
Centro Holisis - holisis.csi@gmail.com ( 962693011 )
SERPA
Local de encontro: Quiosque do Jardim Público
Destino da Caminhada: Largo da Biblioteca
https://www.facebook.com/events/366743433372820
Maria José Palma - palma.mariaze@gmail.com ( 962693011 )
Fátima Pires - mfpvenancio@hotmail.com ( 964786869 )
Francisco Cabecinha - f.cabecinha.vendas@hotmail.com (966081729)
SETÚBAL
Local de encontro: Largo de Jesus
Destino da caminhada: Parque Urbano de Albarquel
http://www.facebook.com/events/366321506749456
Bruno Ferro - brunoferro77@hotmail.com
PONTA DELGADA
Local de encontro: Parque Urbano
Destino da caminhada: Portas do Mar
http://www.facebook.com/events/411429965557447
Maria Martins - mariaportugal.artesplasticas@gmail.com
ARCOS DE VALDEVEZ e PONTE DA BARCA
Local de encontro: Alameda do Campo do Transladário
(junto ao chafaris dos cavaleiros), Arcos de Valdevez
Destino da Caminhada: Choupal do Côrro, Ponte da Barca
http://www.facebook.com/events/455731467786018
Maria Tita - maria.tita.brida@gmail.com
quinta-feira, 10 de maio de 2012
O
mundo sabia de cor, a cor da dor de quem nunca teve a sorte de nascer
imperador. O peixe era doce e cru. A beterraba avinagrada. A vontade de
ser feliz era tanta como a tua agora que acabas de nascer. O jejum era
dos pobres que o faziam dia após dia.
Vizinhos da vida viajaram sem regresso com um sorriso que não esqueço.
O homem mata o homem e nunca sabe porquê. Bendita a memória que me assombra neste dia que nasce outra vez.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
Se ficar por aqui mais um instante| chorarei a ausência que permanece | memória que me assiste| quando me perco | falta que invade meu corpo | bem no meio do coração | um sorriso como se fosse outro abraço | desligo a luz | invento o infinito | que nunca teve início nem fim | por dentro de mim| um beijo que não encontra pouso
quarta-feira, 2 de maio de 2012
segue a angústia o medo de me perder, porquanto mais procuro pressinto o
fim. Lá onde o sol ameaça nascer, recuo em busca do eu que teimoso
mostra-me não existir. Lá onde tudo e nada ocupam o mesmo espaço vazio,
fronteira do meu despertar, tão perto de mim que não alcanço. Canta a
dor que trago no peito, a verdade que sinto e não entendo. Bastaria um
lampejo e saberia que tudo que aprendi de nada me serve se nunca o
senti. Ali, onde o rio e o mar se unem, afogo-me na esperança de nada
saber.
canta-me a musica que te embala os dias, deixa que ela me invada e eu esqueça que existo, mantêm-me quieta e silenciosa porque doi-me o corpo por dentro. enquanto adormeço cansada, choro. este não é mais o país que eu sonhei. antes, abracei-te na multidão e o teu beijo despertou-me entre todos que amei. dá-me um cravo vermelho, coloca-o junto ao coração. semeia em cada corpo uma nova canção.
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