segue a angústia o medo de me perder, porquanto mais procuro pressinto o
fim. Lá onde o sol ameaça nascer, recuo em busca do eu que teimoso
mostra-me não existir. Lá onde tudo e nada ocupam o mesmo espaço vazio,
fronteira do meu despertar, tão perto de mim que não alcanço. Canta a
dor que trago no peito, a verdade que sinto e não entendo. Bastaria um
lampejo e saberia que tudo que aprendi de nada me serve se nunca o
senti. Ali, onde o rio e o mar se unem, afogo-me na esperança de nada
saber.
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