"O mestre é o homem que não manda; aconselha e canaliza, apazigua e abranda; não é a palavra que incendeia, é a palavra que faz renascer o canto alegre do pastor depois da tempestade; não interessa vencer, nem ficar em boa posição; tornar alguém melhor - eis todo seu programa"
- Agostinho da Silva, "Considerações"
4 comentários:
Com efeito!
Talvez, meu caro Leôncio, já o "Com efeito!" seja a capitulação no contrário do que se quer ou supõe dizer.
E assim, o que se verifica é que, quanto mais se mostra (mero exemplo) Agostinho da Silva como isso (como esse "mestre (...) que não manda") mais ele se transmuta, por via da tendencial aceitação acrítica e consensual de tudo o que venha como de Agostinho (Tudo o que é de Agostinho é bom: será?).
Em certos círculos lusobestiais, seria de mau tom "desendeuzar" Agostinho.
Já tivemos a era Álvaro (Ribeiro), depois um bocadinho a era Leonardo (Coimbra: com revista e tudo), depois uma era (Nova?)Águia (sem verdadeiramente Pascoaes) e agora, ultimamente, a era Agostinho, para tudo e para nada.
Saudação sem era (é uma era também, mas pretende-se, ilusoriamente aliás, "desempo-era-da" de mestres e mestrinhos).
Não há como sair da coisa.
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