"Se queremos julgar, viremos os olhos para a parte de dentro, que ainda mal, porque tanto acharemos que julgar, que examinar e que condenar. Se nos julgarmos sem paixão a nós, eu vos prometo que teremos tanto que fazer e tanto que não nos ficará nem tempo, nem ânimo para julgar a outrem" - Padre António Vieira, Sermão da Segunda Dominga do Advento.
Vieira nasceu a 6 de Fevereiro de 1608, em Lisboa.
2 comentários:
Também é verdade.
É verdade: também.
Sed contra, ad idem:
"As leis da justa restituição mandam que se pague o alheio em tanta quantidade como se tomou. [...] Para que a minha satisfação seja igual à minha culpa, dê-se a cada quatro vezes tanto como lhe eu houver defraudado. Com a primeira parte se pagará o que lhe tomei, com a segunda o que perdeu, com a terceira o que não adquiriu, com a quarta o que padeceu. [...] Na vida poucos pagam, na hora da morte os mais escrupulosos mandam pagar o capital; das consequências, nem na vida, nem na morte há quem faça caso."
Padre António Vieira, Sermão do Primeiro Domingo do Advento, cap. VII.
Neste ponto do julgamento, creio que é lícito julgar-se quem prejudica outros consciente e calculadamente, pelos seus próprios interesses egocêntricos, mas julgo que esse julgamento deverá ser posto em prática pela Justa Lei Divina Omnividente da Acção/Reacção..talvez esta concepção gandhiana que acalento se deva ao facto de permanecer com a convicção de que o pacifismo, jamais, tem a ver com passividade. É tão mau quem comete um crime como quem se limita a vê-lo praticar...sei que ainda tenho uma noção algo retrógrada de Bem e mal, mas há circunstâncias que não se me revelam como cinzentas, aquela zona da impunidade onde tudo se relativiza a contento...enfim, ainda tenho muito de evoluir...
Enviar um comentário