Afigura-se-me que o mais radical e radicado "poder" seja justamente a "perfeição". O per-feito é o jamais perfeito, e a sua medida precisamente o que de desmedido há intrínseco ao poder.
É porventura uma contradição nos termos, mas precisamente por isso: quanto mais perfeito (isto é, quanto mais incomensurável), mais se manifesta e refulge o poder (de) sê-lo.
O que estabelece o nexo entre a "perfeição de poder" e o "poder da perfeição" é, parece-me, a plenitude que a ambos, a um tempo, inunda e aluvia.
O que Tagore diz do homem pode ser dito de tudo na natureza. Contanto que suprimamos a plenitude: a natureza está sempre em estado de perfeição e de poder.
4 comentários:
Afigura-se-me que o mais radical e radicado "poder" seja justamente a "perfeição". O per-feito é o jamais perfeito, e a sua medida precisamente o que de desmedido há intrínseco ao poder.
É porventura uma contradição nos termos, mas precisamente por isso: quanto mais perfeito (isto é, quanto mais incomensurável), mais se manifesta e refulge o poder (de) sê-lo.
O que estabelece o nexo entre a "perfeição de poder" e o "poder da perfeição" é, parece-me, a plenitude que a ambos, a um tempo, inunda e aluvia.
O que Tagore diz do homem pode ser dito de tudo na natureza. Contanto que suprimamos a plenitude: a natureza está sempre em estado de perfeição e de poder.
«PODE alguém ser quem não é?»
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