A borboleta cheira a flor e morre sem pudor,
Longa é a noite antes do amanhecer.
Se eu soubesse, mostrava a cor do Inverno em cada manhã.
O sino da Igreja toca todos os dias antes do meio-dia. Não sei se anuncia a morte ou uma vida agora nascida.
Diz-me o poeta que não fale de amor. Dou milho aos pombos, procuro o segredo antes do tempo.
Chove na minha rua, abro a janela antes que o tempo se vá e eu me esqueça.
Vi o sol de manhã, mal despertei. Perdi-o assim que acordei.
Se eu soubesse, mostrava a cor desse amor que o poeta anunciou.
Sei dele quando me perco.
1 comentário:
Só sabemos (d)o que (nos) perdemos...
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