“Quiçás o paradoxo mais radical do diálogo inter-religioso seja ter que se ir despojados da pretensão de absoluto do Absoluto que se proclama. Se não for assim, cada grupo chega como idólatra, havendo confundido a Ultimidade com a imagem que nos fazemos dela, à qual não queremos, não podemos ou não sabemos renunciar. O diálogo inter-religioso põe a manifesto o absurdo de querer apossar-se do Fundo que funda o real. Se não se chega despojado ao diálogo, apenas se é portador de si mesmo: das próprias seguranças e ideologia ou, simplesmente, dos próprios hábitos, costumes ou obsessões”
- Javier Melloni, Hacia un Tiempo de Síntesis, Barcelona, Fragmenta Editorial, 2011, p.67.
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