segunda-feira, 21 de março de 2011
Colóquio "A obra e o pensamento de Eudoro de Sousa" - 22/23 de Março
Ocorrendo, neste ano, o centenário do nascimento de Eudoro de Sousa (1911-1987), figura maior do pensamento luso-brasileiro contemporâneo, decidiu o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira assinalar a efeméride com a realização de um Colóquio Internacional dedicado ao estudo da sua obra e pensamento, cuja produção e edição se repartiu entre os dois países.
Companheiro e íntimo convivente intelectual de Álvaro Ribeiro, António José Brandão, Delfim Santos, José Marinho e Sant’Anna Dionísio, em Portugal, e de Agostinho da Silva, Vicente Ferreira da Silva, António Telmo e João Ferreira, no Brasil, Eudoro de Sousa acompanhou aqui os primeiros na oposição crítica ao positivismo, na atenção reflexiva às relações entre filosofia e filologia e na valorização da obra e da figura de Leonardo Coimbra, vindo a singularizar-se pela meditação que, desde sempre, dedicou à mitologia e à filosofia da religião, a qual se manifestou nos artigos e ensaios que publicou, em Portugal, no decénio de 1944-1953 e veio a encontrar acabada expressão na trilogia Horizonte e Complementaridade (1975), Mitologia (1980) e História e Mito (1981), redigidas e editadas durante a sua permanência no Brasil, onde participou nas actividades que vieram a configurar a Escola de São Paulo e exerceu longo e fecundo magistério na Universidade de Brasília.
Apesar de a totalidade da sua obra haver sido recentemente editada em Portugal (INCM, 2000-2004) e ter sido objecto de valiosos e inteligentes estudos interpretativos nos dois países, é ainda relativamente limitado o conhecimento do seu pensamento, esperando-se que o presente Colóquio possa contribuir para conferir a Eudoro de Sousa o lugar cimeiro que lhe cabe na reflexão luso-brasileira da segunda metade do século XX.
22 de Março, 3ª feira
14h30: Comunicações
João Ferreira, «Mestre Eudoro»
António Braz Teixeira, «A génese da mitosofia em Eudoro de Sousa»
Joaquim Domingues, «O Tempo em Eudoro de Sousa»
16h00: Comunicações
Miguel Real, «O estatuto da crítica literária em Eudoro de Sousa»
Luís Loia, «Do dia-bólico e da complementaridade em Eudoro de Sousa»
Samuel Dimas, «A distinção entre enigma e mistério em Eudoro de Sousa»
17h30: Apresentação
Nova Águia: Revista de Cultura para o Século XXI, nº 7 (1º semestre de 2011)
Teixeira de Pascoaes: Saudade, Física e Metafísica, de Celeste Natário
Filosofia do Ritmo Portuguesa, de Rodrigo Sobral Cunha
23 de Março, 4ª feira
10h00: Comunicações
Constança Marcondes César, «Eudoro de Sousa e Vicente Ferreira da Silva»
Dirk Hennrich, «Eudoro de Sousa e Theodor W. Adorno, Mitologia e Iluminismo»
Bruno Béu de Carvalho, «Eudoro de Sousa: presente da saudade, estranhamento e lonjura»
11h30: Comunicações
Renato Epifânio, «“Afinidades fundas” entre Eudoro de Sousa e José Marinho»
Filipe Delfim Santos, «Correspondência entre Eudoro de Sousa e Delfim Santos»
Bruno Borges, «Eudoro de Sousa e seus livros»
13h00: Intervalo para almoço
14h30: Comunicações
Manuel Cândido Pimentel, «Considerações estéticas: O símbolo em Eudoro de Sousa»
Rui Lopo, «Religião e Historicidade em Eudoro de Sousa»
Carlos H.C. Silva, «A geometria do pensar simbólico em Eudoro de Sousa»
16h00: Comunicações
Paulo Borges, «O fim de Deus, do homem e da natureza e um novo início para o pensar»
António Cândido Franco, «Eudoro de Sousa e Agostinho da Silva»
Manuel Ferreira Patrício, «A presença de Leonardo Coimbra no horizonte filosófico de Eudoro de Sousa»
Palácio da Independência - Largo de São Domingos (ao Rossio) - Entrada Livre
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5 comentários:
Estas coisas em geral são de e para gente meio surda que não sabe ademais que é cega.
Depois dá nisto: ou esfregam as costinhas uns aos outros, ou andam de candeias às arrecuas uns dos outros. O divertimento vai ao mesmo.
Em qualquer caso, andam sempre na lua: em quarto minguante, claro. E com saudades da Lua Cheia que imaginam que já foram. Pois.
N.B.
Tenho, aliás, amigos (e bons amigos) que vão a estas coisas, e até lá botam faladura. Mas, felizmente para eles, não se levam muito a sério, ao contrário de certas eminências lusocondríacas que usam estes palanques para se coçarem pela boca, em público.
E gostam que se fartam de aparecer na photomaton do YouTube e tudo. Cada um tem o teatrinho que quer ter...
Zzzzzzzzz....!!!
Zzzzzzzz....
Deus dorme e ri.
Se eu "tivesse" um "Deus" (ou, nem que fosse, um "deus") – impossibilidade que é coisa, já se vê, apenas fácil para quem se convença tê-la, e “tê”-l’O – teria um deus ou um Deus assim: dorminhoquinho e risonho.
Sei lá, como certos budas gorduchos, certamente de botarem tanto sutra a toda a hora, e placidamente refastelados no cotovelo da libertação da roda pedaleira do samsara.
Como não tenho, sou o entrevadinho que se sabe, e a que aqui se aludiu, e muito bem.
Cada um tem a sua treva de estimação.
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