"Há cerca de vinte anos, a afirmação de que, na hora do nascimento, o cérebro já contém todos os seus neurónios, e que este número não é alterado pelas experiências vividas, constituía um dogma genericamente aceite pelos investigadores das neurociências. Actualmente, sabemos, pelo contrário, que até ao momento da morte se verifica a produção de novos neurónios, difundindo-se até o conceito de neuroplasticidade que dá conta do facto de o cérebro evoluir continuamente em função das nossas experiências, podendo ser profundamente transformado na sequência de um treino específico, como a aprendizagem de um instrumento musical ou de um desporto, por exemplo. Ora, a atenção, o altruísmo e outras qualidades humanas fundamentais podem também ser cultivadas, dependendo igualmente de um saber-fazer que é possível adquirir.
Um dos grandes dramas da nossa época consiste em subestimar consideravelmente a capacidade de transformação do nosso espírito. Os nossos traços de carácter perduram enquanto não fizermos nada para os transformar, ou enquanto deixarmos que as nossas disposições e automatismos não só se mantenham mas até que se reforcem, pensamento após pensamento, dia após dia, ano após ano."
Hoje, dia 7, às 18.30h, no Botequim da Graça, Paulo Borges faz, com Dirk Hennrich e Rui Lopo, mais uma apresentação do nº2 da revista Cultura ENTRE Culturas, em tertúlia subordinada ao tema Encontro Oriente-Ocidente. A não perder !!
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