Eu sei que o poeta sobe à luz de vinte em vinte anos
e nesse longuíssimo instante trabalha a pérola da libertação
como um monge atento ao crescimento de uma montanha
Eu sei que o poema floresce como as unhas das Grandes Noites
onde o talento de olhar o céu traz à terra filhos luminosos
Eu sei que o poeta tem um anel e um relógio
para o caso de lhe falhar o instinto
fuma um cigarro às altas horas,
olha a lua em absoluta abstinência,
dá aos braços e voa para um sei lá a perder de vista
para que o poema brilhe na noite como uma rosa branca!
1 comentário:
È bom voar assim, caro Flávio?
Enviar um comentário