De singelo e brevíssimo modo, aqui faço saber que, por ponderado ditame íntimo - o de, sobretudo, preservar-me de mim mesmo - deixarei, doravante, de colaborar neste blogue e no seu projecto.
Essa interrupção é obviamente extensiva à condição de administrador deste espaço que, por cordial e gentil convite, Paulo Borges, seu criador, e mentor do projecto, foi tendo a paciência de suportar-me. Extensiva é ela também ao blogue "Refundar Portugal"
Agradeço-lhe, penhorado, a amizade de sempre e a lembrança de mim, que de mim tendo a muito esquecer-me.
A todos quantos aqui vieram e vêm, sem excepção alguma, estendo o meu abraço fraterno, exprimindo neste momento a minha mais alta admiração e a gratidão profunda.
Bem hajam.
Donis de Frol Guilhade
P.S.
Seguem-me, "por inerência", neste desígnio, Damien e Lapdrey, que, pela sua parte, o mesmo farão nos blogues "Serpente Emplumada" e "Refundar Portugal".
Conforme é sabido de muitos aqui, e alhures, fui, enquanto Damien/Lapdrey, discricionariamente excluído da qualidade de colaborador do blogue da revista "Nova Águia", sem qualquer explicação prévia e sem outra razão aparente que não a ausência de elevação e de carácter de uns tantos que se imaginam timoneiros de desígnios que estão inapelavelmente aquém e além da sua pequenez e estreiteza.
5 comentários:
Esta "brevíssima" entristece-me. Para mim, o Donis/Lapdrey/Damien representou sempre o fogo da Serpente. Sim, algo assustador, por vezes, mas essencial, porque desafiador, como uma espada em chamas apontada ao mais escondido que existe em nós.
Resta-me esperar que regresse. Um dia.
Deixo aqui o poema "Abdicação", de Fernando Pessoa.
"Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho.
Eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mão viris e calmas entreguei;
E meu ceptro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia."
E fosse este poema meu - que o não é - para dedicar - o dedicaria a todos os Reis, que nunca abdicaram dos seus tronos de sonhos e cansaços, e viram a utilidade das cotas mas, sem esporas, dominaram pelo amor os seus cavalos e, com a luz, a noite antiga e calma.
Bom dia, Donis Frol de Guilhade,
Do mundanal dos factos aqui apresentados quero estar tão longe que não os veja ou deles oiça falar.
O mesmo já não direi da espiritual fonte que aqui bebi pela taça das palavras (verbo sagrado) de Donis/Lapdrey e Damien, e do pensamento deste homem de rara e controversa fibra, inteireza e sensibilidade agudíssimas... Num país onde estas qualidades escasseiam, é caso de nos surpreendermos.
Junto a minha voz à de Laura e... não me lembrando, agora, de outro melhor poema que lhe fale, lhe destino o mesmo Pessoa e o mesmo Poema. Poetas e poema que para mim têm muito significado.
P.S. Não creio que tenha que voltar quem sempre cá está e esteve. Só tem (e penso que não estou enganada, de um dia destes nos brindar de novo com um dos seus...), só tem, dizia que ter essa vontade e querer...
Um abraço irmão
Um beijo de Poeta
Até já.
V.F.
Meu caro Donis,
quem me meteu neste sedutor desígnio foste tu. Sem a tua presença, no rol de colaboradores, a minha deixa de ter qualquer sentido. Por isso, peço muito respeitosamente a quem de direito, que, a partir de hoje, elimine o meu nome do astro magnífico de colaboradores que o Entre-finisterreno tem.
Ao seu mentor e a todos eles, deixo o meu fraternal abraço.
P. A.
Pós-afastamento de Donis de Frol Guilhade – deixo também este blogue, já que Ele foi O Mentor do Convite A “Música Escarlate”.
Assim estou profundamente grata a todos, e prossigam na Demand`A seja Ela qual f`Or…
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