Durante muito tempo pensou que a vida era um caminho para algo de maior e de melhor. Até que descobriu que a vida era já e desde sempre a expressão do que há de maior e de melhor. A manifestação da grande perfeição natural de todas as coisas. Nos sons da casa. Nas vozes da rua. No voo da mosca. Nos gritos das gaivotas. Nas mínimas sensações a percorrer o corpo. No íntimo de cada célula. Entrou então na via do não-caminho. E, por não o procurar, não pôde deixar de ser feliz.
- Livro da Não Via
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