Velha de teus olhos verdes,
Passageira final à barca,
Mulher de força, desgaste sólido,
Padroeira idosa já tão fraca.
Diz teu olhar de tão trémulo,
O cansaço pestanejante ainda vivo.
Do silêncio se escuta a sentença.
Que efémero momento, agora reflectindo.
A paz da tua cama
E da minha, a turbulência.
Esperando assim alegre fado.
Deitar-me-ei contigo para sempre
Nessa cama, que fofa,
Com o candeeiro apagado.
Diogo Correia
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