Entre a mesa e a janela, mora teimosa uma parede amarela.
Procuro o ponto de fuga.
Desenho o luar em cada noite escura.
Despeço-me do sol.
Na monotonia do amarelo, deito-me e sonho
com o mar que caminha para a montanha,
até que a terra encontre o céu e o azul tome conta da cor.
Descubro no gesto o sentido.
Entre a mesa e a janela, da minha casa
Mora teimosa uma parede amarela
Cansada, debotada na cor,
Delicada, encosto meu corpo
Apoio no ombro a vontade de ser
Abro a janela, abraço a liberdade.
No horizonte - vida.
2 comentários:
Deu vontade de visitar essa casa... E descansar do mundo, e esquecer de tudo enconstada nessa parede desbotada de amarelo...
:-)
Obrigada laceê
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