não questiones a sintaxe
olha-te para lá do verbo
sê livre como um livro a galgar caminhos
como as águas rebentadas de uma gravidez
não queiras ser suporte de uma lâmpada
nem a luz redonda que fica no chão do teatro
escreve o nós como se o nós
fosse a vida diante do espelho
ou como aquele profeta que foi à morte e voltou
apenas com o pretexto de repetir a cena
caminha para o poema
pelo centro da dor das palavras
agita-as numa vontade de mar
até veres no fundo da música
os pássaros brancos
Sem comentários:
Enviar um comentário