Caiu tanta neve Que para contemplá-la Não existe um único lugar.
A neve caiu por todo o lado. Como contemplar o branco Com tanta brancura ?
- Anónimo
3 comentários:
Anónimo
disse...
Muitíssimo belo este poema branco, de neve. Muito. A neve "caiu por todo o lado". Em redor, em cima, em baixo, é tudo branco é tudo "brancura" qualidade do que é branco? É tudo imparcial como a neve.
Gostei muito deste poema. Gosto muito. "Não existe um único lugar"... Gostei.
Creio que esta "neve" pode ser uma metáfora da realidade plena: como contemplá-la, se ela é tudo, se está em todo o lugar, incluindo em quem supõe contemplá-la?
A realidade plena não tem distinções, nem limites, nem oposições, nem contrastes; nem quantidade, nem qualidade.
Ela é o sem-limite; sem-oposição e sem contraste; a realidade plena não existe fora da realidade plena, nem dentro dela existe. Não há dentro nem fora, portanto.
Se tudo é Vacuidade, plenitude, tudo é indistinto de tudo. Não existe quem contempla nem o que é contemplado.
Na realidade, nenhum de nós existe, distinto de outro existente. Nem a mente existe.
A realidade plena, a plenitude, é o Nada. A neve é uma metáfora para a Vacuidade!? Em toda a parte está e em nenhuma é visível!
Gosto da neve. Gosto do poema e do anonimato dele.
3 comentários:
Muitíssimo belo este poema branco, de neve.
Muito. A neve "caiu por todo o lado". Em redor, em cima, em baixo, é tudo branco é tudo "brancura" qualidade do que é branco? É tudo imparcial como a neve.
Gostei muito deste poema. Gosto muito. "Não existe um único lugar"... Gostei.
Creio que esta "neve" pode ser uma metáfora da realidade plena: como contemplá-la, se ela é tudo, se está em todo o lugar, incluindo em quem supõe contemplá-la?
Foi assim que o li, Paulo, a este poema.
A realidade plena não tem distinções, nem limites, nem oposições, nem contrastes;
nem quantidade, nem qualidade.
Ela é o sem-limite; sem-oposição e sem contraste; a realidade plena não existe fora da realidade plena, nem dentro dela existe.
Não há dentro nem fora, portanto.
Se tudo é Vacuidade, plenitude, tudo é indistinto de tudo. Não existe quem contempla nem o que é contemplado.
Na realidade, nenhum de nós existe, distinto de outro existente. Nem a mente existe.
A realidade plena, a plenitude, é o Nada. A neve é uma metáfora para a Vacuidade!?
Em toda a parte está e em nenhuma é visível!
Gosto da neve. Gosto do poema e do anonimato dele.
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