terça-feira, 4 de maio de 2010

De onde vem este cântico?
Que me embala o sono, suavemente
Será a voz de Deus ou o sussurro da fonte?
Mistério em movimento, linguagem do Céu

Estou só, em abandono penitente
Ausente por amor à raça
Perene no susto, suspenso no canto
Antepassados a surgirem no nevoeiro

Ergo o padrão do silêncio
Em pedra fria e musgosa
As ervas crescem na solidão

O mistério vagueia algures pelo Céu
Distingo-lhe a sombra possante
De onde vem este cântico?

in, A contemplar a Prímula (inédito)
João Raposo Nunes

Nota: Este poema foi publicado no "Estudo Geral Nº3". Pode ver mais AQUI.

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