Imagens belíssimas, as deste baralho de cartas. Uma fina obra de arte, sem dúvida.
Isto lembra-me a carga simbólica e augural que - em termos de geomancia, adivinhação ou introspecção simbólica – o tarot veio a adquirir, no ocidente.
Cabe aqui citar uma elucidativa passagem de Jung, sobre este assunto:
"Se alguém quiser fazer uma ideia do processo simbólico, a série de imagens que encontramos na alquimia são disso um bom exemplo. Ao que parece, também, o conjunto de imagens das cartas de Tarot são descendentes remotos dos arquétipos de transformação, uma visão que me foi aliás possível confirmar numa palestra muito esclarecedora do professor [Rudolph] Bernoulli. O processo simbólico é uma experiência em imagens e de imagens. O seu desenvolvimento mostra geralmente uma estrutura de tipo 'enantiodromian' * como o texto do I Ching, apresentando por isso ritmos de negativo e positivo, perda e ganho, escuridão e luz."
Carl Gustav Jung, “The Archetypes of the Collective Unconscious”, in “Complete Works”, Princeton NJ, Princeton University Press, Bollingen Series XCIX, 1997, Vol. 9:1, § 81
* "Enantiodromian" é um termo grego usado por Jung para significar as "coisas que se transformam no seu próprio oposto"
1 comentário:
Imagens belíssimas, as deste baralho de cartas. Uma fina obra de arte, sem dúvida.
Isto lembra-me a carga simbólica e augural que - em termos de geomancia, adivinhação ou introspecção simbólica – o tarot veio a adquirir, no ocidente.
Cabe aqui citar uma elucidativa passagem de Jung, sobre este assunto:
"Se alguém quiser fazer uma ideia do processo simbólico, a série de imagens que encontramos na alquimia são disso um bom exemplo. Ao que parece, também, o conjunto de imagens das cartas de Tarot são descendentes remotos dos arquétipos de transformação, uma visão que me foi aliás possível confirmar numa palestra muito esclarecedora do professor [Rudolph] Bernoulli. O processo simbólico é uma experiência em imagens e de imagens. O seu desenvolvimento mostra geralmente uma estrutura de tipo 'enantiodromian' * como o texto do I Ching, apresentando por isso ritmos de negativo e positivo, perda e ganho, escuridão e luz."
Carl Gustav Jung,
“The Archetypes of the Collective Unconscious”, in “Complete Works”, Princeton NJ, Princeton University Press, Bollingen Series XCIX, 1997, Vol. 9:1, § 81
* "Enantiodromian" é um termo grego usado por Jung para significar as "coisas que se transformam no seu próprio oposto"
Enviar um comentário