quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Grande Libertação

Penso na multidão de escravos do trabalho, que vendem vida, corpo e alma a troco de frustração e nada. Penso na multidão de escravos do desemprego, cujo maior sonho é serem escravos como os outros. Penso na muito maior multidão dos escravos em campos de concentração à espera do abate para alimentarem os outros escravos. Penso nos escravos da ganância, da avareza e da gula, incluindo esses outros escravos que são os seus donos. Penso nos escravos da ignorância, do egoísmo, do conforto e da indiferença que somos todos nós, a fazer de conta que isto é normal ou que não existe, a tentar tirar proveito disso, a convencer-se de que nada há a fazer ou a anestesiar-se para não doer muito. Penso nisto tudo e desejo que o dia da Grande Libertação comece agora mesmo e chegue a todos.

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