domingo, 22 de janeiro de 2012

Ela sonhava como os rios
E no percurso das águas nasciam filhos
Que mais tarde lhe vinham acordar ao mar revolto

Ela costurava os seus vestidos
Com o fio de uma extensa lágrima
Para depois de pronto ver-se no fim de tudo

Ela sabia que o sonho tem horas
Que é o tempo fechar os olhos
E acordar primeiro que as galinhas

Mas quando fazia colares de amoras
Para que os homens pudessem falar dela
Era então que uma estrela lhe nascia
Algures entre o sexo e o peito

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