terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Aqui posso enlouquecer continuamente
tenho pássaros e livros que o comprovam
fazer de conta que
não sequer saber se
amar o sol e a chuva no mesmo verso
e sair a correr como um rio que transgride

Aqui o silêncio é capitão e eu marujo
flores e terra sobre a cama
durmo e trabalho o sonho numa peça única de artista

Nesta máquina de escrever deito a cabeça
esqueço ao que vim
tudo é sexto sentido
quando se respira boca a boca as sombras da infância

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