quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Uma ética global para um só mundo




"Se o grupo junto do qual nos queremos justificar for a tribo ou a nação, a nossa moral será provavelmente tribal ou nacionalista. Se, no entanto, a revolução nas comunicações tiver criado um público global, podemos sentir necessidade de justificar o nosso comportamento junto de todo o mundo. Esta alteração fornece a base material de uma nova ética que servirá os interesses de todos aqueles que vivem neste planeta, e fá-lo-á de uma forma que, apesar de muita retórica, nenhuma ética produziu até agora"

- Peter Singer, Um só mundo. A ética da globalização, Lisboa, Gradiva, 2004, pp.39-40.

12 comentários:

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  2. O busílis neste tipo de abordagem e perspectiva é precisamente o que seja isto de "global".

    Isto de "global" é apenas um quintal um pouco maiorzinho. Então e os muitos milhões que não têm acesso à net? São quê? Desglobais?

    "Todos aqueles que vivem neste planeta", como diz Peter Singer, são bem mais do que aqueles que têm a janelinha "global" do tamanho de um monitor de computador.

    Os restantes há muito que são já, à sua maneira e medida, "globais": local, ou "glocalmente" falando (como já alguém disse e Rupert Sheldrake tem provado com as bases bioquímicas e botânicas da morfogénese e da resonância mórfica)

    Mas esses "restantes" têm um "monitor" um pouco diferente: tem a área do planeta e o tamanho do universo.

    Um bocadinho maior, portanto, que o dos cibernautas, encafuados na "globalidade" virtual. E ao "mero" nível do que segue, persegue e consegue a "informação".

    Wikileaks é o chapado tubo de ensaio dos limites disto - se levado às últimas consequências de experimentação ao nível do "real" informativo.

    O que então explode nos ouvidos do público (que quer tudo às escancaras) e implode nas mãos dos safardanas (que fazem tudo às escondidas) é o mesmíssimo.

    Só que visto de perspectivas "globais" diversas.

    Talvez algures entre uma coisa e outra esteja isso da "base material de uma nova ética", a que alude Peter Singer.

    Por este andar, vai dar é trabalhinho a lá chegarmos.

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  4. Os Jesuítas são peritos em acções sanguinárias! Nunca esquecem nem perdoam!

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  5. O discurso é mau. Salvação é misericórdia.

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  6. "A única nação do mundo capaz de distinguir o certo do errado é a nação alemã e a Alemanha tem de cumprir a sua missão, caso contrário a civilização europeia cairá na ruína."

    Estugarda, 1918

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  7. Mentes de misericórdia13 de janeiro de 2011 às 21:24

    Vamos fazer um cordão humano, tipo movimento espontâneo, para apoio. Coitado. Ele tem mãe.
    O outro, o que foi morto, não se sabe bem de onde veio...

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  8. Não te esqueças que temos uma alma cristã. O verdadeiro cristão é aquele que dá o braço de alguém vivo ao verme faminto e moribundo (que também é um ser necessitado, lá dizia o Buda) enquanto agradece o supremo sofrimento do mano pela libertação da clavícula.
    Como é possível isto não ser bonito?

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  9. Vou chorar em retiro e pedir para ser como tu.

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  10. veneno totalitário, verborreia, masturbatorium bonorum!

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