Acaso
:fogueira rápida
antecedente à da boca
o fim na intimidade da intenção
Assim é que nada derrete
nada em nós
sofre
nada nem amolece
Socorre?
Um carro levando presa na roda
chuva não escanteada
silenciosa
enfim, há nas coisas do dia
alguma pura maldade
Bem vinda!
ResponderEliminarObrigada pela acolhida, Paulo. Para mim, um privilégio. Forte abraço.
ResponderEliminar"enfim, há nas coisas do dia
ResponderEliminaralguma pura maldade"
E para mim fica a pergunta: o que podemos fazer com essa maldade? Para que serve?
serve para "ser cruel naturalmente e descobrir onde o mal nasce e destruir sua semente". esta não é a resposta, claro, mas acho o trecho mais bonito da canção chamada cordilheira de Paulo César Pinheiro. obrigada por perguntar, Laura. minha amizade e um forte abraço.
ResponderEliminarLindíssimo poema, a maldade a estiolar..............na ponta dos dedos, no mercúrio ardente do asfalata, o olhar poético capta esse amar assim, inexplicável e inexterminável, cruel e seco, numa construção poética de enorme qualidade.
ResponderEliminarParabéns
queria a crueza, Luís, o asfalto de amar antes do amor, talvez essa a pura maldade. obrigada por dizer. um presente para mim, você sabe. minha amizade.
ResponderEliminarpois eu também quero "ter a sensação das cordilheiras", sim e ver "a ascensão de iscariotes/e um jesus crucificado todo mês em cada poste", seguindo a procissão deste seu belo poema.
ResponderEliminarj.